Banco Português de Fomento aponta metas estratégicas até ao final do ano
Notícia . 2025-04-17
Para assinalar os primeiros 100 dias de mandato, a Comissão Executiva do Banco Português de Fomento (BPF), liderada por Gonçalo Regalado, presidente do BPF, apresentou hoje, em conferência de imprensa, realizada no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, o balanço das principais medidas implementadas e as metas estratégicas para o horizonte de 2025, com o objetivo de dinamizar o investimento empresarial em Portugal.
Um novo ciclo do Banco Soberano
Financiamento estratégico e ambição internacional
No domínio do capital com impacto, o Banco acelerará a execução do Fundo de Capitalização e Resiliência, abrangendo iniciativas como o programa Consolidar, o Venture Capital e os fundos de coinvestimento público-privado, com o apoio da Portugal Ventures, que verá reforçado o seu papel no apoio à inovação e ao empreendedorismo nacional.
A nível institucional, o Banco Português de Fomento acelerará o encerramento de recomendações emitidas pelas entidades de supervisão e regulação, como o Banco de Portugal, e será centralizada internamente a recuperação de crédito, aumentando o controlo e a eficácia do Banco neste processo. Por fim, mas não menos importante, será reforçada a cultura organizacional do BPF através do programa People First – simbolizando o início de um novo ciclo de valorização das Pessoas e de Todos os Colaboradores que fazem parte desta missão pública. Este novo ciclo do BPF assenta numa cultura de serviço público orientada para resultados, rapidez de resposta e foco no impacto real na economia. Os primeiros 100 dias foram apenas o início de uma trajetória que visa posicionar o Banco Português do Fomento como o verdadeiro banco das empresas e um parceiro estratégico do desenvolvimento económico nacional.
Internacionalização e cooperação estratégica
Governança e reforço institucional
Grandes alavancas para o crescimento económico
Bruno Rodrigues (Chief Financial Officer) teve a seu cargo a abertura da sessão, que contou, ainda, com as intervenções de Teresa Fiúza (Chief Investment Officer) e de Luís Guimarães (Chief Commercial Officer). Tiago Mateus (Chief Technology and Operations Officer) e Marta Penetra (Chief Compliance and Risk Officer) marcaram, também, presença na sessão, que foi encerrada por Gonçalo Regalado, Presidente do BPF.
Um novo ciclo do Banco Soberano
Nos primeiros três meses de mandato, o BPF iniciou um novo ciclo com foco na agilidade operacional, na proximidade com as empresas e na execução de medidas com impacto económico imediato. Entre os instrumentos lançados, destaca-se o programa de garantias financeiras pré-aprovadas, que abrangeu 125 mil empresas, num montante global de 24 mil milhões de euros. Esta medida inovadora permite uma resposta mais célere ao investimento, ao eliminar etapas burocráticas no acesso ao crédito, com candidaturas que nas primeiras duas semanas já somam 1.990 milhões de euros, envolvendo 6.808 Empresas, com 970 milhões de euros já aprovados em 3.467 Empresas e com a Parceria de todos os Bancos.
Com a nova equipa executiva em funções desde janeiro, o BPF reforçou a sua capacidade técnica e operacional, reduziu prazos de decisão e adotou uma nova abordagem à análise de risco. O tempo de resposta para as grandes empresas foi reduzido de 49 dias para apenas 7 dias úteis. Esta transformação insere-se num plano mais vasto de modernização interna e digitalização, com novas ferramentas digitais e sistemas de apoio à decisão, garantindo maior eficiência e uma experiência de cliente simplificada.
Financiamento estratégico e ambição internacional
Ao mesmo tempo, o BPF está a construir novas linhas de financiamento para promover o investimento em setores estratégicos como a inovação, a transição digital e energética. Neste ponto, refira-se que a Linha PRR Inovação Empresarial de 371 milhões de euros e a nova Linha Fomento PT 2030, com uma dotação de 3 mil milhões de euros, destina-se a projetos empresariais com mérito, promovendo a execução dos fundos europeus e a competitividade nacional.
No plano internacional, o BPF iniciou negociações com um fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos e prepara novas parcerias com o BNDES e reforço de parcerias com os Bancos Soberanos na Europa. A processo de integração da SOFID permitirá alargar o mandato do Banco à função de instituição multilateral, reforçando a ambição de afirmar o BPF como o 'Banco da Lusofonia'.
Prioridades até ao final de 2025
Prioridades até ao final de 2025
Além do balanço dos primeiros 100 dias de mandato, o Banco Português de Fomento apresenta, agora, um conjunto de objetivos estratégicos que visam reforçar a sua posição como Banco Soberano da economia portuguesa, com capacidade para gerar impacto real e mensurável até ao final de 2025. Está assegurado o pagamento a mais de mil Empresas dos valores pendentes das subvenções referentes às linhas COVID, num montante superior a 35 milhões de euros, garantindo que as empresas elegíveis sejam devidamente ressarcidas pelo investimento que realizaram durante a pandemia. Até ao final de 2025, o BPF propõe-se ainda concluir a fusão das quatro Sociedades de Garantia Mútua numa única entidade, agilizando a gestão e reforçando a proximidade com o tecido empresarial. Esta fusão será acompanhada por um novo modelo de servicing para as garantias, mais simples, mais próximo e mais impactante para a Economia e para as Empresas. Foram já iniciados os mecanismos de recompra de ações das SGMs, permitindo reembolsar as empresas que investiram na Garantia Mútua e reforçando a parceria com as Empresas.
A ambição de tornar o BPF um verdadeiro banco digital traduz-se na criação de uma plataforma única de informação de cliente, desenvolvida em articulação com entidades como a AMA, o IRN, a Autoridade Tributária e a Segurança Social, permitindo aos empresários aceder a todos os documentos necessários num só ponto. Esta transformação digital será complementada por uma fábrica de software interno, que dará resposta às necessidades tecnológicas específicas do Banco e permitirá automatizar os processos de crédito, com prazos de decisão de apenas sete dias úteis e uma redução significativa da documentação exigida.
No domínio do capital com impacto, o Banco acelerará a execução do Fundo de Capitalização e Resiliência, abrangendo iniciativas como o programa Consolidar, o Venture Capital e os fundos de coinvestimento público-privado, com o apoio da Portugal Ventures, que verá reforçado o seu papel no apoio à inovação e ao empreendedorismo nacional.
Consolidação internacional e reforço do papel estratégico
No plano europeu, o Banco Português de Fomento apresentou a candidatura de Portugal ao compartimento nacional do FEI InvestEU, iniciativa que poderá mobilizar até 6.500 milhões de euros em garantias para alavancar o investimento empresarial em áreas estratégicas para o crescimento e competitividade da economia nacional. No reforço da sua ambição internacional, o BPF dará continuidade às negociações com fundos soberanos e entidades multilaterais e concluirá o processo de integração da SOFID no grupo, ampliando a capacidade de financiamento à internacionalização. Simultaneamente, avançará com a integração da Agência de Crédito à Exportação na esfera pública, num processo de transição em parceria com a COSEC e a DGTF, consolidando o seu papel como entidade de referência no apoio à exportação e à presença das empresas portuguesas nos mercados externos.
A nível institucional, o Banco Português de Fomento acelerará o encerramento de recomendações emitidas pelas entidades de supervisão e regulação, como o Banco de Portugal, e será centralizada internamente a recuperação de crédito, aumentando o controlo e a eficácia do Banco neste processo. Por fim, mas não menos importante, será reforçada a cultura organizacional do BPF através do programa People First – simbolizando o início de um novo ciclo de valorização das Pessoas e de Todos os Colaboradores que fazem parte desta missão pública. Este novo ciclo do BPF assenta numa cultura de serviço público orientada para resultados, rapidez de resposta e foco no impacto real na economia. Os primeiros 100 dias foram apenas o início de uma trajetória que visa posicionar o Banco Português do Fomento como o verdadeiro banco das empresas e um parceiro estratégico do desenvolvimento económico nacional.
Destaques e números-chave
Garantias e financiamento às empresas
- 125 mil garantias pré-aprovadas emitidas até março;
- 24 mil milhões de euros em garantias atribuídas;
- 6.808 candidaturas em 2 semanas (1.990 M€ em crédito solicitado);
- 3.467 candidaturas já aprovadas (970 Mio€ em crédito já aprovado);
- Decisão em 7 dias úteis para empresas dentro do modelo pré aprovado.
Novas linhas de apoio ao investimento
- Reforço da Linha BPF INVEST EU para 8.740 milhões de euros;
- Nova Linha BPF INVEST PT EXPORT com 3.500 milhões de euros;
- Linha PRR Inovação Empresarial com lançamento previsto para o 2.º trimestre;
- Linha Fomento PT 2030 (3 mil milhões de euros), articulada com fundos europeus.
Internacionalização e cooperação estratégica
- Reforço da Parceria com os Bancos Soberanos Europeus;
- Parceria com fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos;
- Integração da SOFID no Grupo BPF como entidade multilateral;
- Participação no programa europeu Global Gateway (300 mil M€);
- Integração da Agência de Crédito à Exportação (ECA), em parceria com a COSEC e a DGTF;
- Consolidação da imagem do BPF como "Banco da Lusofonia”.
Transformação digital e operacional
- Criação de plataforma digital integrada com ligação aos vários serviços do Estado;
- Introdução de inteligência artificial nos processos de análise e concessão de crédito.
Governança e reforço institucional
- Fusão das 4 Sociedades de Garantia Mútua, com criação de uma entidade única;
- Consolidação do papel do BPF como "Banco das Garantias”;
- Recompra de ações das SGMs para reembolso às empresas investidoras.
Grandes alavancas para o crescimento económico
- Lançamento da nova geração de garantias - Portugal 2030 e PRR (3 mil M€);
- Candidatura ao programa FEI-BEI InvestEU (6.500 M€ em garantias);
- Pagamento de mais de 1.000 subvenções COVID às empresas (mais de 35 M€).